quarta-feira, 18 de setembro de 2013

História de um amor que ficou no Passado

História de um amor que ficou no Passado


Tudo começou num finalzinho de tarde do dia 11 de fevereiro de 2012. Minhas férias tão merecidas estavam chegando ao fim e eu logo voltaria à minha rotina infernal. Tinha visitado a família em outro estado e agora visitava uma tia em em uma cidade próxima. Estava com minha prima mais amada, resolvendo pendengas de minha tia mais brava. Uma ligação fez com que minha prima mudasse os planos de voltar para casa e resolveu ver os amigos. Sempre é bom conhecer pessoas novas. Fomos de ônibus até o prédio onde seus amigos estavam. E antes de chegarmos fomos recepcionadas pela amiga de minha prima, uma jovem muito bonita e de aparência determinada. Fomos apresentadas e seguimos em direção ao prédio. Haviam pessoas na área da piscina, rindo, bebendo e se divertindo. Logo após, um pequeno portão com alguns jovens próximos a bebida. Lá estava ele, um jovem de estatura mediana, cabelos curtos, magro, alguém que passaria totalmente desapercebido num dia qualquer. Mas não naquele dia. O jovem aproximou-se de mim e se apresentou. Belo nome, belo olhos e belo sorriso. Convidativo a uma bela amizade. Nos apresentamos e ele perguntou qual era minha banda favorita e eu respondi que gostava de Pink Floyd e Guns and Roses. Adoro essas bandas. Músicas incríveis. Sempre gostei de rock, cheguei a me vestir no estilo por um bom período de minha vida, mas com o tempo as roupas foram substituídas, o gosto musical não. Ele pareceu adorar a informação, pois também curtia rock and roll. Perguntou sobre minha cidade, parecendo curioso em conhecer uma cidade pequena como a minha. Falamos sobre a cidade, cultura, costumes em geral. Conversa boa.
Nunca fui de beber, mas queria me entrosar e aceitei uma cerveja. Odeio cerveja. Mas estava tão gelada que parecia boa. Tomava em goles grandes para não sentir o gosto na boca. Algo não muito esperto, pois o álcool sobe mais rápido ao cérebro. O rapaz parecia interessado em ter uma aventura de uma noite comigo, mas eu recuava. Não sou do tipo que se envolve tão fácil. Alguns encontros a mais e ele talvez conseguisse. Ele não era o tipo de homem que me atrai, então fui levando a conversa. Minha prima apresentou a mim mais alguns de seus amigos. Gente finíssima, muito simpáticos e alegres. Continuei bebendo cerveja e me sentindo mais leve, mais alegre. O rapaz começou a ficar interessante. Depois de algumas horas de conversa, nos beijamos. Estava bêbada, mas me lembro bem. Passamos uma noite ótima juntos. Descobrimos afinidades e uma química natural. Saímos para jantar em uma lanchonete mexicana, rimos, conversamos. Até os pais dele eu conheci. Aliás a irmã dele foi a moça que conheci assim que cheguei ao prédio. Noite chegando ao fim, fomos para casa. Estávamos no mesmo prédio. Eu, no primeiro andar. Ele, no décimo. Entramos no elevador primeiro que os outros. Quando saímos, estávamos em frente à porta do apartamento dele. Fiquei confusa, mas me deixei levar. Fomos ao quarto e fizemos sexo. Foi estranho. Não foi ruim. Nunca tinha feito sexo casual. Ele parecia estar adorando tudo que fazia, mas eu estava pensando na loucura que estava fazendo. Mas estava de férias, nunca mais ia vê-lo. Por que não? Transamos. De onde estávamos eu podia ver a lua pela janela. Minha prima ligava feito uma louca querendo que voltasse para casa, então tivemos que ser rápidos. Ele adorou. Eu achei bom, mas não repetiria. Iria voltar à minha vida e esquecer. No outro dia nos vimos pela manhã, ele vestido de mulher para o carnaval. Tirei uma foto. Muito engraçado. Nos beijamos e ele foi embora. Saí para conhecer uma outra cidade próxima, bela cidade, tirei fotos, quase me perdi voltando para casa. Mas foi maravilhoso. Mais tarde voltaria a cidade de minhas tias, onde passaria mais uma semana antes de voltar para casa. Quando cheguei, tomei banho troquei de roupa e verifiquei a mochila. Depois fomos ao décimo andar. Ia me despedir do meu encontro de carnaval. Ficamos juntos, agarrados, nos beijamos e ele lamentou eu ficar tão pouco tempo. Nos despedimos e fui embora. Uma semana depois minha prima retornou à cidade dele levando uma foto minha de presente para ele e a notícia de que havia retornado à minha cidade.
Ele logo me adicionou a uma rede social e conversamos algumas vezes. Ele sentia minha falta. Gostaria que tivesse ficado mais tempo, aproveitado mais. Eu comecei a sentir o mesmo. Estava carente e ele estava suprindo a necessidade que tinha por alguém. O rapaz com quem saía antes de conhecê-lo havia ido embora e eu sentia necessidade de conversar com alguém. Trocamos telefone e começamos a nos falar com mais frequência. Logo depois saí do meu emprego, pois queria algo melhor. Meu carinho por ele aumentava a cada mensagem enviada e parecia ser recíproco. Me apaixonei.
Estava cansada do meu outro emprego, chateada com algumas pessoas e minha cidade parecia pequena demais, apertada demais, quente demais. Resolvi ir embora. Nunca tinha morado em outro lugar, que me recorde. Amava minha cidade, mas queria me aventurar e conhecer outro lugar. Resolvi morar numa cidade próxima a dele com umas tias. Ficaria próximo dele e nos veríamos sempre que pudesse. Viajei. E no fim de semana fui visitá-lo. Ele me aguardava no metrô. Estava encostado na coluna e mexia no celular enquanto ouvia música. Camisa preta com desenhos da cultura do lugar. All star preto. Característica de um rapaz roqueiro. Nem acreditava que estava com ele. Ele me avistou e nos abraçamos. Meio sem graça, pois havíamos estado juntos dois dias. Nos beijamos. Agora estava apaixonada por ele, o beijo foi mais bonito, mais desejado. Enquanto voltávamos ele colocou minha música preferida para ouvir. Dead Horse, Guns and Roses. Linda. Quando chegamos, não esperamos nada. Matamos nosso desejo juntos. Era tão bom estar ali, com ele. Não era mais casual. Tinha carinho. Passei uma semana com ele. Foi muito bom. Disse a ele que se queria que eu sempre fosse visitá-lo teríamos que ter algo mais sério. Não pretendia gastar dinheiro em passagem de ônibus por algumas noites de prazer.
Um mês depois estávamos namorando. Estava feliz. Sabia que ele gostava de mim. Sabia que queria estar comigo. E eu queria estar ainda mais com ele.
Passei muitas dificuldades, chorei muito por causa da distância da família, mas estar ao lado dele fazia com que meus medos acabassem e um sorriso se abrisse. Não tinha problemas, nem medos, nem dores quando estava com ele. Depois de um mês namorando, decidi morar na mesma cidade que ele. Fui morar com minha tia. Mesmo prédio. Ótimo.
Minha tia sempre foi uma pessoa difícil, mas tinha certeza que tiraria de letra. Não foi bem assim. Comecei a me estressar, chorar, brigar e isso começou a refletir no meu relacionamento. Buscava mais e mais estar com ele para esquecer os problemas. Ele se tornou minha cura, minha droga. Comecei a ter ciúmes. Nunca fui ciumenta. Queria que ele provasse seu amor. Que dissesse que me amava. Comecei a me sentir sufocada pela saudade de casa, pelas discussões com minha tia. Queria vê-lo o tempo todo. Comecei a sufocá-lo também.
Sempre fui alegre e prestativa. Mas comecei a me isolar, a evitar ficar perto da família dele, dos amigos dele. Quando era contrariada me afastava, ficava brava, arrumava ciúme. Comecei a querê-lo só para mim. Os amigos dele perceberam e não aprovaram. Não queriam que o amigo namorasse uma louca. Mas eu não era louca. A família parecia não me aprovar. Cinco anos de diferença entre minha idade e a dele. Me tratavam bem. Mas não me davam espaço. Não me sentia bem vinda. Então, me afastava mais e agradava menos.
A única pessoa com quem queria estar era ele. Quando estava em casa, ficava no quarto, longe das críticas e discussões de minha tia. Não saía, não conhecia a cidade. Nem tinha quem me mostrasse. Estava completamente só. Deixei de ser eu. Não me reconhecia mais.
Cheguei a pensar besteira. Quando via um avião, pensava em largar tudo e voltar para casa. Mas não queria fraquejar. Não queria voltar vencida. Olhava pela janela do décimo andar e imaginava como seria cair. Logo expulsava esse sentimento. Amava minha vida, apesar de tudo. E sabia que era uma fase. Só precisava ser forte.
Quando meu namorado viu que as coisas desandavam, pediu um tempo. Queria que eu não o colocasse como prioridade. Que buscasse algo. Que lutasse por algo que não fosse ele. Me pediu para passar uns dias com minhas tias, para espairecer, mas eu não estava trabalhando, o dinheiro estava no fim e eu não tinha como ir. Implorei que não terminasse comigo. Chorei. Fui cedo da manhã à casa dele. Estava desesperada. Se ele me deixasse o que ia ser de mim, sozinha? Ele resolveu voltar atrás, contrariado, mas preocupado. Tinha vergonha por estar sendo tão fraca, por me humilhar tanto pelo amor e atenção de alguém. Mas uma luz parecia ter aparecido. Ele havia dito que me amava. Fiquei eufórica. Eu o amava também! Mas eu sentia que as coisas não eram mais as mesmas. O sexo era ótimo, sempre fora. As conversa eram maravilhosas, ríamos juntos, fazíamos coisas divertidas juntos. Era o relacionamento perfeito, não fosse meu ciúme excessivo e às vezes a falta de atenção dele.
No ano novo, tive um ataque de ciúme 9.0. Senti vergonha disso depois. Totalmente sem motivo. Estava triste. Insatisfeita. Queria que a atenção dele fosse voltada somente a mim. Eu já sabia que seus amigos não gostavam de mim. Me sentia um peixe fora d’água. Me sentia horrível. Pedi desculpas pela minha atitude infantil. Precisava me prender a algo que não fosse ele. Prometi mudar. Procurei um curso de pós-graduação à distância, saí à procura de emprego. Fiz academia. Tentei ocupar meu tempo.
Num sábado a tarde, havíamos combinado que dormiria na casa dele, pois ele havia mudado de prédio meses atrás. Ele só aguardava a chegada dos pais, para pegar o carro e me buscar. Arrumei minhas coisas. Estava feliz. Ia vê-lo. Como o amava. Pouco tempo depois ele mandou uma mensagem dizendo que estava me esperando. Desci e fui encontrá-lo. Ele estava vermelho, olhos esbugalhados, parecia assustado e ao mesmo tempo possesso de uma raiva inexplicável. Já pensei no pior. Sabia que íamos terminar. Ele começou dizendo que me amava, mas que não aguentava mais a pressão dos pais. Ele tinha acabado de brigar com os pais e tinha ido a pé me ver. A mãe havia dito que não queria mais que eu frequentasse a casa dela. Que não aprovava nosso namoro. Que eu era uma boa pessoa, mas que não servia para o filho dela. Que se ele quisesse ficar comigo, que alugasse um lugar e me levasse, pois na casa dela eu não entraria mais.
Senti o mundo desabar sob meus pés. Que dor era aquela? Que mal eu havia cometido para merecer tanta dor? Por que eu não servia? O que eu fiz? Ele explicou que devia ser mais prestativa e ajudá-la mais nas tarefas de casa. Mas eu fazia isso. Não todos os dias. Sempre lavava o que sujava, ajudava a varrer a casa na segunda, pois era o dia de faxina e passava o pano no chão. Arrumava as roupas dele. O que mais ela queria de mim? Eu ía à casa dela para passar um tempo com meu namorado, e ajudava no que podia. Me doeu mais perceber que ele concordava com os argumentos da mãe. Que a defendia. Eu estava indefesa, não tinha chance alguma. Terminamos.
Decidi voltar para minha cidade. Passei mais uma semana antes de viajar. Ainda ficamos juntos algumas vezes. Afinal, eu o amava. Não tinha raiva. Era a decisão dele. Mas estava profundamente ferida. Eu era insuficiente para ele. Eu era mais velha, carente demais e ciumenta. Não importa o quanto o amasse, não era suficiente. Nunca seria.
Voltei para casa. Vencida. Arrasada. Ainda nos falávamos, trocávamos mensagens de carinho e saudade. Mas ele estava bem e superando rapidamente. Eu? No fundo de um poço profundo, sem cordas que me ajudassem a sair. Molhada, com frio, ferida, sozinha. Matei a saudade dos pais e dos irmãos. Meu único consolo. Os amigos pareciam distantes. Ainda estão. Ou eu estou.
Como minha dor só aumentava, ele decidiu que devíamos parar de conversar, para aliviar a dor da distância e não alimentar esperanças vãs. Três dias depois ele estava namorando. Não fazia nem 20 dias da última vez que nos amamos. Três dias antes do meu aniversário. Que dor meu Deus! Que dor malvada!
Logo depois de um mês resolvi voltar a falar com ele. Queria vencer a dor e propor amizade, já que não estávamos com raiva um do outro. Mas era difícil ser amiga de quem eu queria ser amor e amante, parecia ser para ele também. Começamos a trocar mensagens de carinho, a maioria picantes e algumas vezes românticas. Ele ainda me amava, segundo ele. E eu sentia que ele ainda estava próximo a mim, mesmo longe. Mas a dor em saber que ele tinha alguém era intensa e ia cada vez mais fundo na alma. Queríamos nos ver, ficar juntos, ver se ainda valia a pena tentar. Ele disse que faria de tudo para vir me visitar nas férias. Que alegria! Ele me amava! Quando nos encontrássemos o amor falaria mais alto e nós lutaríamos juntos, sem medo dos preconceitos. Mas e a namorada? Por que ele me ama, quer me ver, estar comigo, mas não deixa a namorada? Comecei a pensar nisso, comecei a sofrer com isso. Eu estava sozinha, esperando por ele. Não me sentia atraída por ninguém. Já havia tentado e desisti. Por que ele não termina? Decidi então dizer que sabia que ele tinha uma namorada e mesmo ele tentando esconder eu havia descoberto. Ele disse que era dura a distância e que precisava de alguém. Que não tinha coragem de terminar com a jovem, pois ela era carente de afeto e muito isolada. Que se fazia de durona, mas era frágil. Que queria ajudá-la na vida de um modo geral. Que não a amava, mas gostava dela. E que quando viesse daria uma desculpa de viagem a trabalho. Que banho de água fria! Como poderia dar certo? Como? Ele queria ver se valia a pena, mas também queria continuar com a menina. Eu disse que só aceitaria ele na minha casa se fosse um homem solteiro e propus que ele terminasse. Dei uma semana de prazo, pois o mês das férias dele estava às portas. Ele disse que resolveria tudo e me daria uma resposta.
No dia da resposta, nenhuma resposta veio. Só a certeza que mais uma vez fui vencida. Uma vez pela mãe, outra pela distância ou namorada. Não o procurei, nem ele a mim. Havia acabado? Eu ainda o amava. Eu ainda o amo muito. Após as férias dele, recebi uma mensagem. Ele dizia que não havia se manifestado, pois não queria me machucar, nem criar em mim mais expectativas. Que não sabia se ainda havia chance para nós. Me chamou de amor.
Fiquei nervosa. Feliz. Triste. Confusa. Disse a ele que queria alguém que me amasse e lutasse por mim. Alguém que nunca me deixasse. Que queria um relacionamento sólido, duradouro. Que meu sonho seria que ele fosse esse amor, esse homem, esse relacionamento. Mas que ele mostrava que não estava pronto para mim. Que havia feito a escolha dele. E que devíamos deixar o tempo falar.
Havia desativado minha rede social. Larguei o emprego. Fui à uma psicóloga. Resolvi enfrentar meus medos de frente e voltei à minha rede social. Ele curtiu algumas coisas que postei, fotos minhas. Senti que deveria me aproximar e dizer que poderíamos ser amigos. Disse oi. E tudo começou. Mas algo havia mudado. Ele parecia feliz em falar comigo. Disse que nunca quis me magoar. E que se afastou de mim porque deixava ele confuso. Disse que se pudesse voltaria a ser o que éramos antes de pararmos de nos falar. Eu estava feliz, excitada, louca para dizer que o amava. Mas algo havia mudado. Não havia mais amor da parte dele. Havia desejo. Amor não. Ele não falava mais em sentimentos. Mas de sexo. Do quanto desejava ter meu corpo. As palavras que usávamos na hora do sexo, tornaram-se vazias. Elas estavam recheadas de prazer, mas eu queria as de amor também. Essas haviam ido embora. Mesmo assim me deixei levar, pelo último fio de esperança que me restava. Aceitei as investidas. Disse sim. Queria me sentir feliz de algum jeito, queria tê-lo de algum jeito. Não adiantou. Não tinha amor. Só o meu amor.
Vazia. Me sinto vazia. Quando como se está com fome mesmo. Fome de amor. Ele não me prometeu rosas, não me falou de sentimentos. Disse que não sabe o que sente. Que é forte. Muito forte. Que não quer perder o contato. Que quer ser amigo, colorido. Que não me imagina com outros homens, mas que não sabe se me ama. Que não quer saber, nem imaginar algum homem me tocando. Se sente meu dono. Só. Disse a namorada que a ama. Mas que na verdade nem sabe o que é amor. Mas que tem gostado mais dela. Que não quer vê-la chorar, não quer magoá-la.
Eu agi como um fraco age. Aceitei ser amiga colorida dele. Aceitei ser a outra. A que ele vai transar com vontade até cansar. Mas não a que ele vai acordar pela manhã, agarrada a seu peito. A que ele vai sentir liberdade de dizer todas as sacanagens que quiser. Mas não a que ele vai chamar para ir ao cinema. Para apresentar ao pais. Não serei a mulher, serei a boneca inflável dele. A fuga da rotina. O período de férias.
Mas minha mente e meu coração estão em consenso. Você está feliz desempenhando o papel que te deram? Que ser a outra? Quer sempre se sentir presa a alguém que nunca, jamais valorizará você? Alguém que nunca escolherá você? Quer ser o estepe? A válvula de escape, quando ele quiser mandar o mundo se foder? Minha mente e meu coração dizem não. Cansei de buscar desculpas para um amor que talvez nunca existiu. Quero amar e ser amada. Respeitada, aceita, segura de mim. Quero ser eu mesma, sem medo.
A única coisa que me manteve ligada a esse amor, foi a ilusão de que era recíproco. Se ele não existe mais, por que me prender? Se ele não pode me dar amor, por que vou aceitar o sexo? Sexo qualquer um pode me oferecer. Amor não. E é amor que eu quero. Sexo é complemento. E com amor é mais bonito, pois tem significado. Do que adianta encontrá-lo, transar com ele e sentir que não existe amor? É minha hora de dizer basta, de me dar uma chance de ser feliz. De abrir meu coração a alguém que me mereça, de aprender a amar de novo e a me amar de novo. A voltar a ser a velha e feliz mulher que sempre fui. Que não tem medo de amar, que não tem medo de arriscar, que ama de verdade, que é de verdade. Quanto a ele? Felicidades. Descobri que sempre fui a vencedora. Foi ele que perdeu.